Ritornelo I

Ritornelo I (políptico)
Ritornelo I / trabalho emoldurado
Ritornelo I / detalhe

Ritornelo I

Ana Amélia Genioli

Ritornelo ou pequeno retorno na língua italiana é um termo utilizado nas repetições das frases ou refrão das músicas. Para Deleuze, ritornelo pode ser a canção que canta uma criança no escuro, tomada de medo, para abrigar-se.

O políptico Ritornelo I apresenta seis imagens que provém da série anterior des.norte. Nesse trabalho Ana Amélia traz a imagem tridimensional da rosa dos ventos em outra configuração. A imagem se multiplica, se espelha, se desconstrói e se constrói sucessivamente por novas ações sobre o papel. Não resulta em reproduções do mesmo, mas cada imagem produz diferenças que subtraem um simples alinhamento. A junção das formas também pode funcionar como um prisma, decompondo-se, projetando-se, em configurações variadas. Nessas sequências o ritornelo produz tempo. Mas não o tempo dado a priori, mas um tempo-devir que produz novos tempos-espaços. Tal como na canção, em meio a um caos que desnorteia, a reprodução das imagens tentam esboçar um lugar outro, calmo e estável.

Ritornelo I (políptico)

0.64 x 0.84m (cada)

Técnica: monotipia, serigrafia, lápis e pintura sobre papel Fabriano

2022


Ritornelo or small return in the Italian language is a term used in the repetition of phrases or chorus of songs. For Deleuze, the refrain can be the song that a child sings in the dark, taken by fear, to take shelter.

The polyptych Ritornelo presents six images that come from the previous series des.norte. In this work Ana Genioli brings the three-dimensional image of the wind rose in another configuration. The image is multiplied, mirrored, deconstructed and constructed successively by new actions on paper. It does not result in reproductions of the same, but each image produces differences that subtract a simple alignment.

The junction of forms can also function as a prism, decomposing and projecting in varied configurations. In these sequences, the ritornelo produces time. But not time given a priori, but a time-to-be that produces new times-spaces. As in the song, in the midst of a bewildering chaos, the images reproduction tries to outline a different, calm and stable place.